2010 25 de fevereiro

Crédito fortalece os bancos públicos

Instituições tomam a frente na política anticíclica de expansão do crédito

Banco do Brasil anuncia lucro recorde em 2009: R$ 10,148 bilhões, com aumento de 15,2% em relação a 2008. É o mais alto lucro da história do setor bancário no país, superando os R$ 10,6 bilhões do Itaú-Unibanco no ano anterior. O lucro líquido recorrente do banco chegou a R$ 8,506 bilhões, com alta de 27,2%. Seus ativos aumentaram 36%, convertendo-o na maior instituição financeira da América Latina.

Tal crescimento se atribui à política de utilização dos bancos públicos para expansão do crédito durante a crise econômica mundial. A carteira de crédito para pessoa física cresceu 88,7% nos 12 meses anteriores.

A Caixa Econômica Federal também apresentou forte lucro em 2009: R$ 3 bilhões, com aumento de 15,5% de ativos. Sua carteira de crédito cresceu 55,3%, levando o banco a responder por 8,85% do crédito ofertado no mercado. As operações relacionadas a habitação cresceram 105%, impulsionadas pelo programa Minha Casa Minha Vida.

Bancos regionais têm destaque no período. O Banco do Nordeste (BNB) apresentou lucro de R$ 459 milhões em 2009, alta de 9% em relação a 2008. O crescimento se deve à diminuição da inadimplência, à ampliação do crédito (com destaque para o microcrédito) e a novas fontes de recursos, além dos investimentos em projetos de infraestrutura, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a Transnordestina e as Parcerias Público Privadas.

Outro fenômeno do período é a inclusão bancária: entre 2003 e 2010, 45 milhões de pessoas passariam a ter acesso a serviços bancários — o número de cidadãos com acesso a bancos ou cooperativas saltaria de 70 milhões para 115 milhões.