CULTURA Modernidade & identidade nacional

Quem somos nós, brasileiros? O que temos em comum, que nos torna um povo e nos faz diferentes dos outros? O que podemos chamar de “realidade brasileira”? Essas questões, que surgiram no final do século 19, estavam na cabeça dos modernistas dos anos 1920 e, depois da Revolução de 1930, converteram-se na grande preocupação dos intelectuais e artistas brasileiros. O Brasil ficou na moda.

Um grande número de intelectuais e artistas, cada vez mais politizados, acreditava que, com Getúlio, chegara a oportunidade de identificar e valorizar nossa originalidade, construindo um país moderno e com mais justiça social. Por sua vez, Getúlio considerava a cultura parte importante da criação e do desenvolvimento do Estado Moderno — tanto que abriu espaço para a contratação de intelectuais pelos novos ministérios e instituições públicas e reservou verbas para a produção e difusão de seu trabalho.

Getúlio Vargas e o ministro Gustavo Capanema (à sua esquerda) admiram a escultura “Mulher Reclinada”, de Celso Antônio, durante a cerimônia de inauguração do prédio do Ministério da Educação e Saúde Pública, no Rio, em 3 de outubro de 1945 (Foto: Iconographia)